segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A BANDA FILARMÔNICA ELINO JULIÃO PRESTOU UMA HOMENAGEM A ELÍDIO QUEIROZ MANHÃ DE HOJE

Na manhã desta sexta-feira (26), membros da Banda filarmônica Elino julião de Timbaúba dos Batistas prestou um homenagem ao empresário Elidio Queiroz, na fazenda Três Riacho, onde o mesmo ficou muito emocionado, pois ele agradeceu a todos os jovens que faz a banda pela homenagem.


Aos Mestres de Banda

Artigo
por Bembem Dantas*

O maestro Peres em tom de desabafo, escreveu sobre sua situação pessoal, que sem dúvida reflete e revela uma realidade obscura e injusta pela qual historicamente se passa com os mestres de banda desse país: "Poucos sabem que os regentes de bandas que trabalham para prefeituras são contratados como prestadores de serviço. Não têm direito à férias, 13º salário, Fundo de Garantia, Pis ou Pasep. Trabalhei nesse sistema por mais de 30 anos, e estou para aposentar-me este ano por idade (com salário mínimo). Uma das prefeituras descontou o valor do INSS do meu salário durante quase 20 anos, porém não recolheu àquele órgão.Não adiantou reclamar. Agora encontro-me desempregado e não adianta chorar. Ninguém nota" - (Maestro Peres).

Nossa solidariedade ao colega Peres. Realmente essa é a situação da maioria dos mestres de bandas. Somos e passamos desapercebidos, invisíveis, enquanto descobrimos e formamos para música, bem mais que a metade dos músicos de sopro e percussão do Brasil.

Conheço como o maestro Peres, inúmeros colegas nesse dilema, alguns começando, outros no auge das suas atividades, outros tentando se aposentar por idade ou invalidez, enquanto muitos já se foram, ressentidos, humilhados em detrimento do inestimável serviço prestado a cultura musical dessa nação.

Aqui acolá alguém se lembra de homenageá-los com uma placa ou um título de cidadania. Em última gestão, depois de morto, dar-se o nome de uma sala, ou de um projeto, chegando ao ápice de renomear a banda a qual dedicou a vida, com o seu nome. Isso é bonito, louvável, mas inclusive são poucos que guardam "tamanhos merecimentos". Não deixam bens materiais, geralmente uma pensão de salário mínimo, uma casa singela. No entanto sempre fica como referencia um histórico de reserva moral e ética.

As prefeituras, que empregam quase a totalidade desses profissionais na sua grande maioria, os contratam como prestadores de serviço com salários baixíssimos, sendo raras as que lembram de colocar uma vaga nos editais de concursos depois de muitas consultas jurídicas, já que de banda não existe. Conheço aqui no RN, prefeituras que deixam até mesmo de contratá-los durante os meses de janeiro, fevereiro março e abril, já que nesse período "não existe atividades para banda", muito embora sempre apareça um evento de última hora, do qual a banda não pode ficar ausente. Também não conheço mestre que pare seu trabalho em função deste descaso. Todos sabemos que no início de cada ano, precisamos estruturar nossas bandas. Iniciamos novas turmas para o curso de teoria e musicalização, preparamos orquestras para carnaval, lançamos novos aprendizes em instrumentos, já que o fluxo de alunos é comum no nosso trabalho. Precisamos manter a banda sempre pronta, para não pagarmos as conseqüências de sermos divulgados como irresponsáveis e incompetentes. Atualmente num período de dois anos, é normal a renovação dos músicos de uma banda em pelo menos 30%. Mas mesmo assim, trabalhamos a perceber um dos mais baixos salários e sem direitos trabalhistas, mesmo sendo reconhecido pela sociedade como profissionais importantes, que a cerca de dois séculos atuam produzindo arte, cultura e contribuindo com a afirmação de nossa identidade.

Isso são detalhes diante do quadro. O famoso Tonheca Dantas, compositor potiguar, autor de várias obras entre elas a célebre valsa "Royal Cinema", a marcha "Republicana" e a fantasia "Melodia do Bosque", não queria filhos seus envolvidos com música, por considerar, essa "a arte da ingratidão". Tenho pessoalmente sido testemunha de confidencias e desabafos de colegas, que dizem: " não quero uma vida dessas para meus filhos".

Ao refletirmos sobre essa situação, podemos visualizarmos o quanto somos desorganizados quanto classe. Os mestres de banda de música, são na sua grande maioria, trabalhadores incansáveis, dedicados as suas agremiações, preocupados com o futuro e o passado da cultura musical Mestre brasileira e formadores de opinião. Ensinam, compõem, arranjam, ensaiam, se apresentam,administram geralmente sozinhos as suas escolas de música e mesmo assim, necessitam de pelo menos outro meio de sobrevivência. São muitos os que trabalham em 3 bandas e mesmo assim ainda vivem com dificuldades. Produzem demasiadamente por toda vida!

Geralmente autodidatas, além dos conhecimentos musicais e didáticos, os mestres de banda se destacam também na sua imensa maioria, por serem detentores de qualidades morais irrefutáveis, integridade, carisma e amor pela musica. Disciplinados e regra pela necessidade de "não deixar a banda cair" e por muitas vezes a pedido do seu velho mestre. Ensina e forma gerações de meninos e meninas, se utilizando de métodos e didáticas humanistas, desenvolvida no dia a dia de seu ofício.Preocupa-se não somente com a ascendência musical dos seus alunos, mas, e por muitas vezes com maior contundência, passa a assumir a preocupação com o futuro deles, tendo-os como filhos. Muitos, dizem: O mestre foi meu segundo pai ou mesmo o pai que não tive, devo minha vida a ele. Outros os tem com mais respeito que aos seus pais biológicos.

Essa verdade soma-se ao desprezo por parte das autoridades em continuarem desconhecendo a importância desse arquétipo de herói popular, que desde os tempos do império contribui de forma positiva para o engrandecimento desta nação musical.

Creio que o momento é propício para começarmos a colocar esse tema em discussão. As bandas, cerca de cinco mil no Brasil, passa por um momento especial de reconhecimento e afirmação como instituição cultural e social. Produtoras de arte e cidadania, enquanto seus fazedores continuam a repetição da história, sem o direito de ser reconhecido como classe social por simplesmente não existir perante as leis trabalhistas, quando profissões relativamente novas, como motoboys, agentes de saúde, operador de telemareting, etc, já existem perante o ministério do disciplinadores, começam moços, via de trabalho.

É factível que encontraremos apoio político para nosso pleito. Não temos dúvida que a sociedade também se pronunciará positivamente ao revelarmos nossa situação.

O maestro Peres diz que não "adianta chorar"... Pois chegou a hora... Realmente não precisamos chorar, mas sim e urgente, nos organizarmos, promovermos encontros, deslocarmos um movimento, mostrar a nossa cara. Será que tantos ex alunos, muitos deles famosos, não se irmanariam conosco? Será que a sociedade não nos apoiaria?

Visitei ainda nos anos 90, no seu pequeno pedaço de terra no sopé da serra de Santana, o saudoso e espirituoso mestre Marciano Ribeiro de Florania - RN. Com 88 anos e 75 dedicados a banda centenária daquele município. Eu, a poucos anos a frente da banda de Cruzeta. Ele trabalhava de ferreiro, na sua tenda artesanal.Quase cego, irreverente depois de oferecer uma talagada de cana com manga verde como tira gosto, com um sorriso me disse: "Você ainda vende carne nas feiras?"

- Vendo, respondi, mas vou deixar pra me dedicar só a banda...

- E vai viver de quê, quando tiver com 50 anos, respondeu e mudou de conversa (eu tinha 25)...

Nunca esqueci aquele ensinamento. Assumi um compromisso silencioso o qual revelo agora, em contribuir para a mudança daquela realidade. Hoje tenho muitos alunos que se tornaram mestre, procurei incentivar para que todos tivessem formação acadêmica, travamos lutas para que as bandas pudessem ter maior visibilidade no RN, avançamos significativamente na parte técnica, conseguimos ocupar espaços de maior destaque. Mas os mestres continuam quase na mesma situação sintetizada pelo sábio e vivido mestre Marciano Ribeiro, que agora tem o seu nome imortalizado na banda daquele município, na qual atuou por cerca de sete décadas.

O desabafo do colega Peres, que afinal eu ainda não conheço, traz à tona as palavras de Marciano, reaviva meu sentimento de justiça e alimenta meu compromisso e sonho, de que um dia essa realidade mude definitivamente. Acredito que esse é o pensamento de todos e que poderíamos começar a nos utilizarmos das vantagens da comunicação atual, para nos fortalecermos e apontar a partir da nossa união e organização sensibilizarmos os fazedores de lei deste país, que historicamente tem essa dívida para com seus mestres de bandas e assim possamos incentivar os nossos filhos a dar continuidade a essa profissão que ainda não existe de direito, mas que está escrita nos anais do imaginário real e imaterial do nosso povo, de maneira sublime e necessária ao desenvolvimento cultural, social , musical e artístico desta nação.

É questão de justiça, meu caro Peres! Quem estará conosco?

Saudações a todos!!!

* Humberto Dantas é maestro da banda Filarmônica 24 de Outubro - Cruzeta RN e membro fundador da Unibam-RN (União das Bandas de Musica do RN)

domingo, 21 de agosto de 2011

IV CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

                 



Neste dia 10/08/2011 foi realizado a IV Conferência Municipal de Assistêcia Social no municipio Timbauba dos Batistas-RN ,cujo tema foi Avanços na Consolidação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, com a Valorização dos Trabalhadores e a Qualificação na Gestão dos Serviços, Programas, Projetos e Benefícios, e contou com a presença da conferêncista Srª Cibele Morais de Macêdo Presidente do Conselho Estadual de assistência social, dos  representantes do poder público, e a sociedade civil organizada.

 No primeiro momento fazendo a abertura oficial do evendo se apresentou parte da Filarmônica Elino Julião que mais uma vez abrilhantou o evento tocando um repertório bem Brasileiro.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Uso de música em sala de aula facilita o aprendizado
05/08/2011

A música facilita o ensino da história pois cria empatia entre aluno e professor e forma um referencial de memória para os alunos, facilitando, assim, sua relação com o conteúdo. É o que diz Milton Joeri Fernandes Duarte, autor da tese de doutorado A música e a construção do conhecimento histórico em aula, defendido em maio na Faculdade de Educação (FE) da USP sob orientação de Katia Maria Abud Lopes.

Graduado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e professor de história desde 1987, Duarte afirma sempre ter utilizado música em suas aulas. Foi a partir da sua experiência em classe que ele resolveu estudar até que ponto a linguagem musical auxilia no ensino da história e como professores e alunos que não possuem conhecimentos de linguagem musical conseguem trabalhá-la em sala de aula.

Para responder tais questionamentos, o pesquisador acompanhou durante o ano de 2007 as aulas de uma professora de história para alunos da quinta série da rede municipal de São Paulo. No ano seguinte, ele selecionou 8 dos alunos da turma, 4 meninos e 4 meninas. Ele os entrevistou para saber os seus gostos musicais e, principalmente, qual era a relação que eles faziam entre o conteúdo e as músicas apresentadas pela professora. "Nas entrevistas fiz o procedimento contrário ao que era feito na sala de aula. Apresentava pequenos textos que falavam sobre os conteúdos ensinados pela professora e perguntava o que aquilo os lembrava. Todos os alunos referiram-se às músicas ouvidas nas aulas e, de certa forma, isso os ajudava a lembrar partes do conteúdo", afirma.

A partir dos estudos teóricos, da análise de campo e das entrevistas, Duarte chegou ao conceito de consciência musical. "A música forma um referencial de memória. Por isso existem as músicas que marcam a vida de uma pessoa", afirma. Esse conceito é ligado à consciência histórica, que é a forma como a pessoa se posiciona perante a sociedade e os fatos históricos, dependendo da experiência de vida e das situações sociais e econômicas que ela vive.

Dentro da sala de aula, a música aproxima a memória individual do professor com a dos alunos. A maior parte da consciência musical não é criada na escola, mas vem do cotidiano familiar. Por isso é necessário que o professor contextualize as canções que mostre aos alunos e que se proponha a conhecer o que os alunos gostam de ouvir para haver maior empatia entre eles. "Nas aulas que analisei, toda sexta-feira um aluno levava um CD que ele gostava de ouvir em casa para a classe e a turma o escutava. Funcionava como se a professora dissesse `eu ouço a música de vocês, então vocês ouvem a minha'. Facilitava a aceitação dos alunos com as músicas passadas pela professora", conta Duarte.

Música e realidade. O pesquisador retoma uma ideia de Arthur Schopenhauer, filósofo alemão do século 19, que diz que a música é o máximo da expressão artística, é a arte que mais se aproxima da realidade por ter maior carga emocional que as outras. "As pessoas são tocadas emocionalmente pela música. Por isso professores e alunos que não dominam a linguagem musical conseguem trabalhá-la em sala de aula", explica. Segundo Duarte, mesmo aqueles que entendem de música são inicialmente atingidos pela emoção. "Só depois que a pessoa pode parar e pensar com o conhecimento técnico que ela tiver".

O autor do trabalho afirma que a música é pouco utilizada em sala de aula. "Muitos professores têm medo de os alunos não receberem bem as músicas, acharem que são velhas, etc. Mas é preciso contextualizá-las com os alunos, criar empatia para elas serem bem utilizadas", explica. Ele ainda diz que o professor que usa música em aula se torna um marco na vida dos alunos. "Eu encontro ex-alunos na rua que me cumprimentam e lembram de determinada música que foi passada em sala de aula. Eu mesmo, ao ouvir uma canção medieval na televisão, certa vez, lembrei que já a havia cantado na sexta série, na aula de um professor de Português que também era maestro, chamado Roberto Martins", revela.

Esta notí cia foi publicada em 27/05/2011 no sítio usp.br. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.

Fonte: http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=368

domingo, 7 de agosto de 2011


ART de Junior petu                                 
 email : petujunior@hotmail.com

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

EDITAL ABERTO ( NATURA MUSICAL)











Se você tem um projeto com estas características, não deixe de participar! As inscrições acontecem até o dia 19 de agosto e todas as informações que você precisa estão em www.natura.net/patrocinio . Em caso de dúvidas, entre em contato com nosso atendimento por meio do telefone 11 3146 0970 ou no e-mail edital@naturamusical.com.br . O serviço funciona de segunda a sexta, das 9h às 12h30 e das 13h30 às 18h, durante o período de inscrição.

Queremos, mais uma vez, descobrir a nossa música. E esperamos que você faça parte de mais essa viagem.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

FILARMÔNICA ELINO JULIÃO EMOCIONOU DEVOTOS DE SANT´ANA, EM CAICÓ


Dirigida pelo Maestro Mizael Cabral os meninos e meninas da filarmônica Elino Julião de Timbaúba dos Batistas começam a despontar meio as grandes bandas do Seridó. Na noite da última quarta-feira 27 de julho a filarmônica timbaubense foi atração na festa de Santana e arrancou aplausos e elogios do publico presente.

Sendo uma das bandas mais jovem do estado, a filarmônica tem sido requisitada para se apresentar em vários lugares e sempre é aplaudida pela postura de seus músicos, principalmente pelo repertório que apresenta.

Os secretários da prefeitura Erivonaldo da silva, Aluizio vale é a Presidente da ACUST, Maria Aparecida do Nascimento, juntamente com muitos timbaubenses, foram assistir de perto a filarmônica que se apresentou na praça do coreto em Caicó.

Todos disseram a nossa reportagem que foi um momento mágico ver a filarmônica Elino Julião se apresentar e for aplaudida por todos que assistiam a apresentação.
 
   Dia 27 de julho a Filarmônica Elino Julião se apresentou em caicó-RN dentro da programação da festa da padroeira Santana no projeto bandas na Praça, a Filarmônica tocou um repertório bem diversificado,dentre as musicas apresentadas a filarmônica fez uma homenagem a padroeira tocando um dos  Hinos da festa composta pelo o nosso saudoso Elino Julião.

A filarmônica tambem trouxe na sua apresentação uma participação especial a Cantora natural de Cruzeta LUZIA CABRAL,  Que deu um show de musicalidade, e emocionou a todos com seu talento.


Parabens a todos integrantes da Filarmônica Elino Julião.