Em um tempo puramente junino, uma boa parte dos gestores municipais das cidades nordestinas tenta animar seus munícipes contratando grandes atrações musicais, colocando-as em praça pública, a fim de agradar uma população que em sua maioria, não sabe bem o significado dos festejos alusivos aos santos Antônio, São João e São Pedro. São notórias as inovações em todos os setores da música, como por exemplo, fazer um dueto entre a execução de uma peça musical utilizando instrumentos e vocal ao mesmo tempo, sem perder a originalidade. Foi assim que se deu uma apresentação da Filarmônica Elino Julião da cidade de Timbaúba dos Batistas, sob a regência de seu maestro Mizael Cabral, no Espaço de Eventos Manoel Leandro na cidade de São João do Sabugi-RN, onde ocorria o segundo encontro de bandas filarmônicas no aniversário de oitenta e cinco anos da filarmônica da cidade que sediou o evento.
Diante de um público refinado musicalmente, e bom
entendedor da “ boa música erudita ”, foi que o maestro Raimundo França da
Filarmônica Honório Marciel da cidade de São João do sabugi-RN, ao final de
todas as execuções musicais utilizou de sua oratória, mandando uma belíssima
mensagem de alerta as autoridades presentes. Era dia dezenove de junho de dois
mil e onze. Estavam presentes representantes de vários municípios
circunvizinhos, dentre eles, secretários municipais de cultura e o Prefeito
Municipal Interino. O Maestro inicialmente agradeceu a organização do evento,
como também a participação de todos os músicos da Região e seus respectivos
regentes, pelo deslocamento de suas residências, vindo a participar da festa do
aniversário da Filarmônica, a qual ele é o regente, bem como parabenizou a
Secretaria de Cultura pela iniciativa e apoio total ao evento. Finalizando sua
fala, foi enfático em dizer que, por estar diante de muitas autoridades
municipais, gostaria de que as mesmas refletissem sobre o fato de contratar
grandes atrações por “rios “ de dinheiros, para as mesmas “dizerem (e,
ou)cantarem pornofonias” em nosso palco de apresentações. Segundo o
maestro, seria bom que os gestores contratassem algo que tivesse a ver com o
período junino. O posicionamento sobre tais contratações tem gerado
insatisfações entre dois tipos de públicos, que estão a defender o que bem
interessa. Opiniões de quem entendem profundamente das notas musicais, vem
levando os gestores das esferas estaduais e municipais dos governos a pensarem
antes de contratar grandes atrações, o que por muitas vezes, não passa de
gritaria somando com baixarias. Enquanto isso, a Banda de música, vem aos
trancos e solavancos desde 1926, e vivinha, e se Deus quiser,
por muitos e muitos anos, dando SHOW, que é o que ela sabe fazer, e bem!
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