segunda-feira, 7 de maio de 2012

CRÔNICA: UM OUTUNO CINZENTO NO SERTÃO!


por Jair Eloi de Souza* 

Nas terras nordestinas, o outono trás para mata atlântica as nuvens prenhas, carregadas e promovem na silhueta litorânea chuvas mansas, perenes, molhadeiras. Nos sertões começa a estação da maturação das sementes, das pastagens, dos grãos cultivados, é o início da estiagem, da seca. A gadaria vacum, esta de lombo encorpado, consumira as gramíneas nativas, as ramas de mororó, camará, caatingueira, e pronta para o abate. A miunça [1] de fêmeas prenhas, paridas, pois, presume-se que houve uma rica estação de monta durante as águas de março, o inverno nordestino. As aves de arribação se deleitam no consumo dessa riqueza alimentar e botam-se a reprodução nos seus pombais espalhados em todas as micro-regiões.
Mas, a estação outonal é hospedeira do que acontece no verão no Nordeste brasileiro, pois, é nesta estação que começa o inverno, a caída das primeiras chuvas, o semear das sementes visando a produção grãos, cuja germinação depende das águas de março, e do abril chuvoso para a colheita. E neste ano as águas de março e o abril chuvoso, ficaram só na imaginação. A caatinga não borrifou, as lagoas estão secas, os choradouros não lacrimejaram, as cacimbas estão de veias finas, no fundão. Ano ruim, fome nos animais, morte lenta, pesarosa. Tristeza travosa no sitiante. Noites estreladas em limpidez de amargura. Ausência da névoa pós-chuvosa, meandrando os entornos das serras e do coaxar de sapos em afogadilhos nas lagoas naturais.
O caboclo sertanejo pergunta no silêncio da noite seca, tenebrosa, sinistra, voraz na caloria, estafante, o que fazer de sua semente de gado. A estiagem é a mais contextualizante dos últimos 50 anos, atingindo todos os quadrantes do Nordeste. Não houve chuvas de mangas, os avulsos corredores de refrigérios nas serrarias não existem. Um outono seco, estorricado, amedrontador aos viventes de um mundo de sabedoria popular, mas desprotegidos das entidades reguladoras das políticas que permeia num cenário em que a avidez de desvio de recursos é uma máxima efetiva.   
Por oportuno se pergunta, os adivinhos falharam? Sim, os profetas de um mundo telúrico, copiadores dos sinais do encantador cenário que oferta a mãe natureza, podem ter feito uma leitura não correspondente a realidade vivida hoje, outono/maio. Mas, e os cientistas, estudiosos específicos desse fenômeno meteorologista, que puseram os olhos nas lunetas que desbravam a latitude, longitude e a ocorrência desse fenômeno?. Que divulgaram regionalmente uma previsão segura, e de certa forma ditaram condutas para os campesinos do semi-árido com relação ao rebanho, a aquisição de um ou outro implemento agrícola, o que fazer alguns, do seu estoque de grãos que guardaram com tanto sacrifício. 
Por último, nesse pequeno estalo do meu dedilhar cronista, que dedico em todo o seu lenho, ao homem do campo. Aquele do aboio reboado, do canto da toada no traquejo do seu rebanho, aquele que nasceu ouvindo a sonoridade dos velhos búzios dos seus ancestrais. Pergunta-se: e o Governo por si, ou através do órgão competente, a Secretaria da Agricultura, caluda, letárgica, o que vai fazer por esse mundão de desespero? E a categoria dos “nossos representantes”, aquela que a mídia chama de políticos. Que todo dia, pintam nas colunas sociais, não como agentes públicos fomentadores de projetos e políticas sociais, mas, simplesmente como antílopes da vaidade? Que atitudes estão tomando? Até o presente momento só vi um representante do Seridó se manifestar. Que pena o ato de votar é mesmo um exercício de desvalia. A pretora-mor que já vinha capengando no trato com o programa do leite, deve ter encontrado a velha acesa para sepultar uma das melhores iniciativa dos últimos 20 anos, principalmente no meu Seridó. 
Recentemente assisti uma matéria jornalística, que tinha no seu lenho, a entrevista com um oficial da força nacional atrelado a defesa civil, enviado pela alcaide-mor para sondar os efeitos da seca aqui no nosso RN. Confesso. Fiquei patético. Antigamente quem tratava desse assunto era o Ministro do Interior, depois Integração Nacional, agora é um espartano. Este pode ser um dos melhores oficiais. Mas, neste momento, o Nordeste não está precisando de bivaque organizado, o que estamos vendo, é uma tenda de miséria, os homens, mulheres, crianças, perdendo os seus teréns, assediados pelas suas criações, urrando e berrando em fome e sede.   
Em lua cheia e maio das noivas/2012.

*É Advogado e professor do Curso de Direito da UFRN.

fonte:http://www.encantosdoserido.blogspot.com.br/

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O PROJETO

Sabendo da realidade social do Brasil hoje, e da política de alienação do mercado fonográfico assim como a mídia em geral que atinge cada vez mais principalmente as crianças e os jovens do nosso país, a Associação Cultural e Social de Timbaúba dos Batistas vem desenvolvendo um trabalho de conscientização através da música, onde propõe atrair á essa juventude, para que elas mesmas sejam as propagadoras das riquezas culturais do seu povo, fazendo assim com que suas representações obtenham oportunidades, meios e ferramentas para conter a própria realidade em que vivem, porque eles são presas fáceis para o mundo das drogas, bebidas alcoólicas e prostituição.

Um dos problemas que são enfrentados em trabalhos sociais como esse, no interior, é a falta de oportunidade, a realidade das cidades interioranas são desfavoráveis e até mesmo escassas quando se fala de oportunidade.

A preocupação na falta de oportunidade para os adolescentes principalmente, é que: eles estão prontos para transformar qualquer desejo em ação, e vendo por esse lado, a falta de oportunidade gera necessidade.

Se refletirmos sobre esta realidade, os jovens são obrigados muitas vezes ainda em idade escolar, a abandonar a escola para trabalhar e ajudar nas despesas familiares ou até mesmo para se dedicar precocemente a uma nova vida que ainda não cabe a eles.

A necessidade pela falta de oportunidade tem correlações com os problemas sociais, e se adolescência significa crescer, desenvolver, basta criar opções para que essas pessoas tenham uma oportunidade na vida para desenvolverem seus talentos, e assim no futuro ter uma chance de viver dignamente.

No Brasil, as políticas públicas para a juventude têm aumentado consideravelmente. Mas, ainda é muito pouco para um país tão rico culturalmente, onde pode utilizar sua forte influência para o desenvolvimento sociocultural.

E um grande exemplo dessa realidade, é as bandas de música, que só no Rio Grande do Norte envolve mais de 10.000 (DEZ MIL) Pessoas, entre jovens, crianças e adolescentes que procuram através da música um futuro melhor e encontram ainda mais, uma forma de divulgar, crescer, valorizar a cultura do seu povo.

Na oportunidade, á (ACUST) propõe dar seguimento ao trabalho que vem desenvolvendo na comunidade desde 2010, dando mais apoio e chance para mais uma criança descobrir seu valor, não só musicalmente, mas mostrando para comunidade e para ela mesma, que ela é capais de ser uma grande cidadã, e ainda podendo contribuir para o desenvolvimento do seu município, do seu país e do mundo.

A Cidade

A Cidade

Timbaúba dos Batistas é uma cidade da região de seridó no Rio Grande do Norte. Distante 282 km da capital, Natal, a cidade possui uma área urbana de 75 km² e uma densidade demográfica de 17,5 hab/km². Timbaúba é uma cidade pequena com 2 380 habitantes.

O nome da cidade vem de uma árvore chamada pelos índios de “timbóiba” que significa árvore de espuma. Os índios a chamam assim pois seu fruto produz uma espécie de espuma que é utilizada como sabão. Além disso, o nome do município também está associado ao nome de uma das primeiras famílias a chegar à região, os Batistas.

Nos idos do século XVIII as terras férteis de Timbaúba já eram habitadas e o Tenente-Coronel Manoel de Souza Forte era o proprietário do Termo da Vila do Príncipe, área onde está localizado o município de Timbaúba dos Batistas. A região começou a se desenvolver em meados do século XIX, quando o Major José Batista dos Santos fundou nas terras frescas do vale a fazenda Timbaúba. Ali teve início a grande atividade de plantio de canaviais, ensejando uma produção de aguardente e rapadura.

O povoado de Timbaúba, no ano de 1942, já era visto por Anfilóquio Câmara como um dos mais ricos do Seridó por manter uma agricultura sempre forte, destacando-se no cultivo de cana-de-açúcar.

No dia 10 de maio de 1962, por força da Lei no 2.774, o povoado desmembrou-se de Caicó tornando-se município com o nome de Timbaúba dos Batistas, numa homenagem a família de pioneiros responsáveis pelo engrandecimento do município. Em 1° de janeiro de 1964, foi instalada a sede municipal, tomando posse como prefeito o Sr. Hisbelo Batista de Araújo.

TIMBAúBA DOS BATISTAS-RN

TIMBAúBA DOS BATISTAS-RN
visão aerea

HISTÓRICO DA BANDA FILARMÔNICA ELINO JULIÃO


A banda Filarmônica “Elino Julião” de Timbaúba dos Batistas foi fundada em 03 de Março de 2010. Com a finalidade de qualificar os jovens dentro de suas próprias vocações, sentiu-se a necessidade de buscar uma parceria da prefeitura municipal de Timbaúba dos Batista com o governo do Estado do Rio Grande do Norte através do programa desenvolvimento solidário que indicou o senhor Humberto Carlos Dantas, carinhosamente conhecido como “Bembem” para viabilizar todas as providências necessárias, em seguida, depois de vencer todo o processo burocrático desde legalização da Associação Cultural e Social de Timbaúba dos Batistas (ACUST) que teve como sua primeira presidente Maria Aparecida do Nascimento, veio à elaboração do projeto e liberação dos recursos, para aquisição dos instrumentos musicais.

Depois de todo esse processo iniciou as aulas práticas e teóricas formando a banda propriamente dita.

Surgiu a ideia de dar nome à banda e foi colocado em votação que por unanimidade escolheram o nome do nosso conterrâneo e forrozeiro o artista popular “ELINO JULIÃO DA SILVA” que é motivo de orgulho para todos os seus conterrâneos pelo legado da sua história.

O maestro Mizael Cabral tem o cuidado em conjunto com a associação (ACUST) em parceria da prefeitura Municipal de Timbaúba dos Batistas na ampliação de seus componentes e na modernização de seus instrumentos, de uma vez que, recentemente foi elaborado um projeto tendo sido aprovado no valor de 25 mil reais pelo ministério da Cultura para aquisição de novos instrumentos para a estruturação da banda.

Atende hoje cerca de 90 crianças na faixa etária de 8 a 21 anos, sendo 50 participantes da banda filarmônica e 40 nas turmas de teoria e flauta doce.

A banda tem representado a cultura Timbaubense em várias cidades seridoenses, aonde vem recebendo total apoio da prefeitura municipal através do prefeito Ivanildo Filho para as devidas apresentações.

A filarmônica nesse pequeno período de existência tem se destacado devido à dedicação e trabalho da sua ex-coordenadora Maria Aparecida do Nascimento, do coordenador atual Aloísio Vale de Araújo e do seu maestro Mizael Cabral que com sua visão inovadora, consideram a música como importante meio de inclusão social para transformação de uma sociedade mais digna e igualitária.

O MAESTRO

MIZAEL CABRAL


De família de músicos, Marcio Mizael da Silva é natural de Cruzeta RN. Iniciou seus estudos musicais aos 16 anos em 2003 com o Maestro Humberto Carlos Dantas, ( Bembem Dantas ), ingressando na banda Filarmônica de Cruzeta-RN como trompetista. Em 2004 fundou o Trio Cafuçú de trompetes, marcando o começo de sua carreira de compositor e arranjador. participou como aluno em diversos seminários de música promovido pela Fundação José Augusto (FJA) e AMUSIC em Cruzeta e em outra cidades do no interior do Estado, sendo monitor do I Seminário de Música de Natal-RN do professor, compositor e maestro Normando Carneiro no curso de Arranjo Orquestração.
Em 2006, ingressou no curso Técnico de trompete (EMUFRN) sobre a orientação do professor Ranilson Bezerra, concluindo em 2009.ainda em 2009 entrou no curso de graduação em trompete da EMUFRN, sobre orientação do professor Ranilson Bezerra e Antonio Carlos. Participou de vários grupos musicais entre eles: Big Band Jerimum Jazz (EMUFRN). Big Band jovem (EMUFRN). Orquestra Sinfônica (EMUFRN). Grupo de
Choro Nosso Choro (EMUFRN). Grupo de choro Quase as Seis (EMUFRN), Grupo de pífano (AMUSIC),grupo de choro Bem Brasileiro (AMUSIC).
Trio Cafuçú(AMUSIC). Grupo de choro Chorinho das Cinco (AJAC). Grupo de Trompetes (EMUFRN). Grupo de metais (EMUFRN). Grupo de Metais (AMUSIC). Em 2008 assumiu temporariamente a direção da Filarmônica de São Tomé-RN (AJAC). Fundou e dirige Grupo folclórico “Pé de Côco” de pífano e percussão - (AMUSIC), é integrante e diretor técnico do sexteto de metaisQuimporó(AMUSIC) professor e chefe do naipe e primeiro trompete daFilarmônica de Cruzeta(AMUSIC). Em 2010 fundou e dirige a Filarmônica “Elino Julião” de Timbaúba dos Batistas RN (ACUST).
Percussionista nato, Mizael Cabral, como é conhecido no meio musical e artístico do RN, tem se destacado como compositor e arranjador para diversas formações musicais, em especial para Bandas de Música, tendo composto ou arranjado até o momento mais de 100 peças entre elas compôs peça para o CD do professor de trombone da UFRN Gilvando (azeitona) do professor Klenio Barros, e para banda Filarmônica SÃO TOMÉ-RN.
Mizael também é coordenador técnico da Associação Musical e Cultural do RN (AMUSIC) Cruzeta RN.

INSCRIÇÕES PARA TURMA DE TEORIA 2013

Inscrições abertas para turma de teoria musical da banda " Filarmônica Elino Julião" 2013 click no link e faça já a sua. https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dGRuWnNnSEtidlpWR0xGaDdMRmFBR3c6MQ atenção. inscrição valida apenas para residentes em Timbaúba dos Batistas-RN Inscrições para turma de teoria musical 2013 da filarmônica "Elino julião" docs.google.com